










Antes dos Italianos
Sua História

A Mooca Hoje
Por isso, a região ainda conta com galpões e casarões antigos, ladeiras de paralelepípedo, além do conjunto de prédios e hospedarias, para aqueles, que vinham procurar trabalho na lavoura de café.
Porém, a Mooca hoje não é mais conhecida como parque industrial, mas sim como polo educacional e sim predominantemente residencial. Pode-se ainda observar hoje alguns desses casarões tombados como patrimônio histórico, antigas cantinas e grandes espaços industriais.
Nos casarões, antigos ainda preservados, observamos características peculiares, como: fachadas em vários estilos, adornos de guirlandas e baixo relevo, estreitas ruas, assim como as Europeias, ao lado de avenidas largas.



Clube Atlético Juventus
O Clube Social do Juventus, até então o Cotonifício Rodolfo Crespi F.C foi fundado e, 1924, em uma fusão do Extra São Paulo F.C e de Cavalheiros Crespi, clubes tradicionais da Mooca, formados pelos empregados das fábricas de tecido da família Crespi.
“Os cavalheiros Crespi F.C” cederam sua sede, que se localizava na Rua Trilhos, nº42 em data simbólica dia 20 de abril ded 1924. E em 1925, Rodolfo Crespi oferta o Campo da atual Rua Javali antiga Alameda Jayury, nº 117 a essa nova agremiação com nome de sua Fábrica.
Sendo Campeão Paulista da segunda divisão em 1929 e com a conquista em 1930 contra o clube, A.A República é convidado a participar da Divisão Principal do Futebol Paulista. E no dia 19 de fevereiro de 1930 a Diretoria do Clube em Assembleia Geral decide mudar o nome do Clube para Atlético Juventus, partindo do próprio Rodolfo Crespi a ideia e suas corem antes vermelha branca e preta passam a ser grená e branco sugerido também por Rodolfo, pois eram cores pouco adotadas pelos outros times.
E em 1950 a família Crespi, após cogitarem de uma fusão com o clube da Ponte Preta de Campinas (mas que foi recusada pelo conselho deliberativo), se afasta. Logo após isso o Clube busca crescer, mas até hoje a homenagem ao grande propulsor do clube se mantém, além é claro de um tradicionalíssimo costume dos moradores do bairro de prestigiar o time e comer os Canollis (doces de massas folhadas, recheados com cremes de ricota, tradicionais da Itália) do “Seu Antônio dos Canollis”.

Família Crespi
Com um dos maiores grupos industriais da metade do século XX o setor têxtil de Rodolfo Crespi um imigrante italiano em 1898 já estava instalada num enorme prédio de três andares na esquina da rua dos Trilhos com a rua Taquari (com fundos para a rua Visconde de Laguna), onde hoje está instalado uma unidade dos Hipermercados Extra. Mais tarde o nome da empresa tornou-se seu nome Cotonifício Rodolfo Cresi, fundando assim primeiro estabelecimento brasileiro de fiação industrial de algodão em grande escala.

"Moinho Eventos"
Também podemos notar inúmeras indústrias como o, “O Moinho Eventos” (antigo moinho Gambá, fundado em 1910), uma fabrica de sabão, óleo e trigo, tombado em 1999 como patrimônio histórico ou a Companhia União dos Refinadores, fundada em 1910;



Restaurante Don Carlini
Don Carlini hoje, é um grupo de alimentação com várias outras filiais mas que nasceu em 1985 na Mooca. Em 1950 com seu primeiro restaurante instalado em um antigo casarão, se tornou referência mediterrânea na capital paulista, com massas artesanais.
Seus empreendimentos cresceram e hoje possuem uma loja com a culinária Carlini “O Mercato de Massas”, o suporte profissional para Eventos sociais e corporativos, um novo restaurante em Perdizes. Além de um espetáculo gastronômico-cultural que se tornou o primeiro Dinner Show Temático sobre a imigração italiana em São Paulo. (evento disponível somente por encomenda).
Mooca

O marco inicial do bairro é datado em 17 de março de 1556, mas é a partir de 16 de fevereiro de 1867, como se refere, à Associação de Moradores da Mooca, a São Paulo Railway, abre ao tráfego os 134 quilômetros da linha Santos a Jundiaí e logo, a partir daí, a Mooca inicia o desenvolvimento econômico-social, característico hoje, pela intensa ocupação de Italianos, decorrente de sua forte ocupação industrial.
Todo seu desenvolvimento é decorrente das fábricas instaladas na região, que com o tempo, se transformou em redutos dessa população imigrante (maioria italianos), trabalhadores, muitos deles agrícolas, que em busca de condições melhores, decorrente da crise da Europa, eram contratados por essas fábricas, e com isso construíam nas redondezas suas moradias; sobrados esses que se sustentam até hoje.
Apesar de o bairro Mooca fundir-se com toda a história de São Paulo, por ter grande participação da economia, não encontramos muitas referências a respeito de sua formação.
Sabemos ser um dos mais tradicionais e antigos bairros de influência italiana, que se sustenta até hoje.
Esse bairro, hoje muito valorizado, teve início logo no fim do Império, durante a República Velha, com casas enormes e rodeadas por chácaras. E em 1867, no dia 10 de agosto, a Câmara Régia (Câmara Municipal de São Paulo), começa a doar terras, já em 1869, já se podiam notar muitas pequenas casas, formando assim, pequenos povoados, que com o tempo foram se expandindo.
Pelo que se sabe, essa região, hoje denominada Mooca, era habitada por índios, que se concentravam na época, na região conhecida como Tameateí ou Tometeri, hoje rio Tamanduateí, e se estendiam pelas regiões adentro, rodeada de riachos, deixando essa lembrança no nome do bairro.
Acredita-se, que o nome, tenha surgido no século XVI. O nome, originado do tupi guarani, possuí várias hipóteses de significado, todas fazem referência a invasão dos brancos as terras indígenas, como: moo-ka (em uma tradução mais genérica , “casa de parente” com a junção de mu e oka (casa)) e moo-ca (“eles estão fazendo casas!” expressão transmitida por um dos índios, mo – fazer e oca- casa), e outra que “moo-oka” que quer dizer ares secos, enxutos.

